Red Bull decide não continuar com Checo Pérez e analisa as formas de sua saída

Foto: Sergio Pérez

A corrida de Abu Dabi, que acontecerá neste domingo, será a última de Sergio Pérez com a Red Bull Racing, encerrando assim quatro anos de parceria com a equipe de Fórmula 1. A Red Bull está convencida de que não deseja mais contar com Checo Pérez após sua temporada desastrosa em 2024, e atualmente analisa como finalizar essa relação.

Fontes próximas à equipe informaram à Fox Sports México que o desejo de não continuar existe, mesmo que o mexicano tenha contrato até 2026, renovado apenas em junho passado, numa época em que sua situação era bem diferente da atual. 

Atingido pela crise que a Red Bull enfrentou devido ao desempenho do carro nos últimos meses, Checo Pérez ocupa a oitava posição no campeonato de pilotos e, com 152 pontos, encerrará sua pior temporada em quatro anos na equipe, após somar 190 pontos em 2021, 205 em 2022 e 285 em 2023.

Christian Horner já havia deixado pistas sobre a possível saída de Checo. Em conversa com a imprensa no circuito de Lusail após o Grande Prêmio do Qatar, o chefe da equipe foi questionado sobre a situação do mexicano e se esperava que ele decidisse encerrar seu vínculo com a equipe antecipadamente. "Vou deixar que Checo chegue às suas próprias conclusões", respondeu Horner. "Ninguém está obrigando ele de uma maneira ou outra; vou deixá-lo... não é uma situação agradável para ele, obviamente."

Enquanto Horner acrescentou que Checo "é maduro o suficiente para entender qual é a situação", Helmut Marko, assessor da Red Bull para esportes motorizados, criticou o mexicano ao afirmar que há descontentamento dentro da equipe devido à falta de bonificações financeiras por não conquistarem o Mundial de Construtores, já que a escuderia ocupa atualmente o terceiro lugar no campeonato, com uma diferença de 227 pontos entre Max Verstappen e Pérez.

Quanto Red Bull teria que pagar a Checo Pérez se o demitisse?

Nos últimos dias, Pérez reiterou várias vezes sua intenção de cumprir seu contrato. No entanto, as declarações feitas no domingo passado por Horner e Marko foram além da mera insatisfação com o desempenho do piloto. A reação do piloto à decisão da equipe sobre sua continuidade irá determinar como será finalizada sua relação com a Red Bull, já que uma rescisão contratual custaria à equipe uma quantia de seis dígitos em dólares.

Pérez chegou à Red Bull em 2021 e foi fundamental para conquistar o primeiro título mundial de Max Verstappen, título que foi repetido nos anos seguintes ao lado de Checo, além dos campeonatos de construtores em 2022 e 2023. O último pódio de Checo foi em abril passado, quando ficou em terceiro lugar no Grande Prêmio da China. No início daquela temporada, ele subiu ao pódio em quatro das cinco primeiras corridas do ano, embora sem vencer.

Seu companheiro de equipe, Max Verstappen, venceu sete das dez primeiras corridas; no entanto, só voltou a ganhar onze corridas depois no Grande Prêmio do Brasil, antes de garantir seu quarto título no Grande Prêmio de Las Vegas. 

Uma das opções para que o mexicano continue na Fórmula 1 é esperar até 2026 para se juntar ao novo time na grade formado pela Cadillac e General Motors. Os pilotos cotados para assumir o lugar de Checo na Red Bull são Yuki Tsunoda ou Liam Lawson. Um deles deverá permanecer no carro Visa Cash App RB, onde o segundo integrante seria o francês Isack Hadjar.

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